Estado e Poder
Esse campo de pesquisa e reflexão que integra o GEPLAN, tem por perspectiva o estudo das práticas sociais relacionadas ao Estado e ao Poder. Nessa linha, o Estado é entendido a partir de uma concepção ampliada, abarcando aspectos diversos das relações estabelecidas entre os agentes sociais. O poder é exercido não apenas no interior da sociedade política, mas também no âmbito das mais variadas organizações e corporações da sociedade civil. O exercício do poder e a produção de hegemonia abrangem, portanto, esferas diversas, como a gestação e a afirmação, a crítica e a contraposição de projetos sociais, as elaborações intelectuais e as políticas partidárias, a organização dos diferentes grupos e classes sociais, a constituição de aparelhos privados de hegemonia, o gerenciamento e a disseminação de ideologias e projetos sociais. Por conseguinte, entende-se a cultura enquanto cimento da ação política, sendo essa a perspectiva que permite visualizar e trabalhar as disputas em torno do Estado restrito – assim como internamente a ele – como processos de construção de hegemonia e contra-hegemonias.
Conflitos Territoriais
Na medida em que, no momento atual, vêm ocorrendo uma terceirização do planejamento territorial às corporações/empresas privadas, e como consequência, a expropriação dos espaços públicos (de modo a engendrar oportunidades lucrativas para os atores privados envolvidos), configuram-se alguns conflitos territoriais e sociais, que buscam, dentre outras coisas, dar (r)existência aos territórios, de modo que estes sejam de todos e para todos. Em virtude do exposto, o GEPLAN vem desenvolvendo pesquisas que busquem mapear e deflagrar estes conflitos, contribuindo para a viabilização de um planejamento que leve em conta o conflito social como forma de enfrentar os poderes corporativos, de modo a configurar um uso participativo dos espaços e garantir a soberania da nação.