Planejamento Territorial
Uma das vertentes de pesquisa desenvolvidas pelo GEPLAN se dá, imprescindivelmente, no âmbito do Planejamento Territorial. Caracterizado por ser o principal instrumento de organização territorial utilizado pelos agentes públicos e privados, o mesmo se revela como um elemento fundamental à gestão dos territórios, já que têm o caráter de cumprir uma função norteadora no que tange à tomada de decisões administrativas, essencial, portanto, à organização, integração e desenvolvimento regional/territorial.
Planejamento Urbano-regional
O Planejamento Urbano Regional se desdobra como um dos “braços” açambarcados pelo Planejamento Territorial, perfazendo-se por ser uma das linhas de pesquisa do GEPLAN. Nesse sentido, pesquisas no âmbito municipal/regional vêm sendo realizadas de modo a contribuir para a organização de um banco de dados abrangendo dados territoriais, demográficos, econômicos e socioambientais. Os dados e produtos gerados, tais como mapas, estatísticas, gráficos, dentre outras resultantes, constituem-se como fontes de informações potenciais capazes de auxiliar o poder público nas tomadas de decisões, nos diversos âmbitos e escalas, de modo a nortear a efetivação de políticas públicas e os planejamentos municipal e regional.
Sistemas de Transporte
O controle dos sistemas de transportes é fundamental para as estratégias de planejamento territorial, tanto por seu aspecto de controle circulatório quanto por seu potencial de interligação territorial. Nesse sentido, o GEPLAN vem desenvolvendo pesquisas no âmbito destes sistemas de engenharia no território, de modo a compreender os processos contemporâneos de uso do território brasileiro a partir do atual processo de concessões nos sistemas de transporte, tais como o sistema portuário.
Mapeamento do Terceiro Setor
O Terceiro Setor no Brasil começou ainda no século XVI, com a fundação da Santa Casa de Misericórdia de Santos no ano de 1543. Desde a sua criação até os dias hoje, a instituição presta apoio assistencial e hospitalar, sendo assim a primeira referência histórica de uma entidade do Terceiro Setor no Brasil. O IFSULDEMINAS vem se envolvendo com as instituições do Terceiro Setor há décadas, notadamente no meio rural, como no caso das antigas Escolas Agrotécnicas, hoje Campi do Instituto. Os dados sobre o número e a atuação das entidades do Terceiro Setor em Poços de Caldas ainda são imprecisos e um projeto anterior do Campus aponta as necessidades de apoio a essas instituições. O ponto de partida deste projeto é a implantação de uma plataforma de dados e projetos e, a partir dela, assessorar as instituições do Terceiro Setor em Poços de Caldas e região. Como parte do GEPLAN, o projeto agora pretende mapear e obter melhores informações sobre as organizações de Poços, para poder atuar de forma mais organizada e profissional.
Sistemas de Informação Geográfica
Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG ou GIS seu acrônimo em inglês de Geographic Information System) são sistemas computacionais que permitem a associação de um conjunto de dados com suas respectivas posições no espaço geográfico. Aumentando a eficiência da análise de dados e informações levando-se em conta a lógica da localização, ajudando a entender a dinâmica geográfica da vida humana e demais fluxos. Além disso, otimiza a confecção de mapas, que antes da existência destas ferramentas consistia em processos basicamente artesanais, demandando tempo e habilidades técnicas manuais. Em função desses aspectos, facilitam a compreensão sobre a organização do espaço geográfico e suas consequências para a vida social.
Outras possibilidades que os SIGs oferecem é uma ação imediata sobre problemas, por exemplo pode-se citar o trabalho do GEPLAN a respeito da Covid-19. Visto que, a partir da análise espacial foi possível visualizar e analisar o comportamento da doença no território sul mineiro. Ademais, podem ser usados para melhorias na eficiência da gestão pública em aspectos urbanísticos, infraestruturais, provisão de serviços, mobilidade urbana etc.
No contexto atual, o uso dos SIGs é fundamental para as instituições e, com isso, a disponibilização de dados e informações geográficas aumentou significativamente. Assim, é possível cruzar uma extensa quantidade de variáveis e suas respectivas localizações, referentes a diversos temas e assuntos. E, como os SIGs exigem certa tecnicidade para o manuseio, algumas instituições fornecem para o acesso do público não especialista visualizações simplificadas dos seus bancos de dados, os chamados SIG-Web. Como exemplo temos o site com resultados do Censo Agropecuário de 2017, promovido pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que está disponível no link < https://mapasinterativos.ibge.gov.br/agrocompara/>.
Atualmente, o software mais utilizado pelos especialistas é o QGIS, já que o mesmo é livre e com código aberto.
Bibliografia Base
1 – CASTELLS, Manuel. A questão urbana. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
2 – HAESBAERT, Rogerio. O Mito da Desterritorialização. 2004.
3 – SOUZA, Marcelo Lopes. Mudar a Cidade :Uma Introdução Crítica ao Planejamento e à Gestão Urbanos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.
4 – RAFFESTIN, Claude. Por uma Geografia do Poder. Tradução de Maria Cecília França. São Paulo (SP): Ática, 1993